07/05/2025 | 22:20 | Esporte z312u
Ministro Gilmar Mendes considera "incabível" saída do presidente da CBF, mas determina "apuração imediata e urgente" de casos
O pedido de afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi negado, nesta quarta-feira (7), pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota, a CBF afirmou que "recebeu com serenidade a decisão do Supremo Tribunal Federal de negar peremptoriamente" e que confia plenamente na Justiça brasileira.
O magistrado considerou "incabível" a solicitação apresentada pela deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) em petição na segunda-feira (5).
Gilmar Mendes também negou a suspensão da homologação do acordo assinado no início deste ano que manteve Ednaldo Rodrigues na presidência, pedido feito por Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, nesta quarta.
O ministro alega que não há previsão legal para que a deputada e o vice participem do tipo de ação que discutiu e homologou o acordo que manteve o presidente no comando da entidade.
— Não havia, à época, quaisquer elementos nos autos que levassem à compreensão ou sequer suspeitas de ocorrência de simulação, fraude ou incapacidade civil dos envolvidos — escreveu Gilmar na decisão.
Apesar das duas negativas, o ministro determinou ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que "a apuração imediata e urgente... dos fatos narrados nas petições".
A deputada federal e Fernando Sarney alegam que é falsa a do Coronel Nunes, ex-presidente da CBF, no acordo do início do ano.
Gilmar Mendes ponderou que as manifestações posteriormente enviadas ao STF noticiam graves suspeitas de vícios de consentimento, capazes de comprometer o acordo homologado em 21 de fevereiro.
As alegações deverão ser analisadas no âmbito da Ação Civil Pública (A) que originou o acordo no TJ do Rio de Janeiro.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebeu com serenidade a decisão do Supremo Tribunal Federal de negar peremptoriamente, por absoluta falta de substância e legitimidade, os pedidos de afastamento do presidente Ednaldo Rodrigues encaminhados àquela Corte nos últimos dias.
A decisão reafirma a lisura da atual gestão, que já foi aprovada em 3 turnos: na eleição de 2022, na vitória sobre a tentativa de golpe em 2024 e na reeleição ocorrida há pouco mais de um mês, com apoio maciço e histórico de todas as 27 federações estaduais e dos 40 clubes das Séries A e B.
A CBF confia plenamente na Justiça brasileira e tem certeza de que todas as mentiras perpetradas por opositores da atual gestão, empenhados numa campanha claramente orquestrada, serão derrubadas.
A CBF reforça que está totalmente à disposição das autoridades competentes para esclarecer quaisquer dúvidas e clama pela celeridade nas apurações, para que possamos enfim superar o trauma dos derrotados na eleição de 2022 e focar no que mais importa: o desenvolvimento do futebol brasileiro, com as melhores práticas de gestão e governança, trabalho incansável da atual gestão e que resultou no recém-anunciado recorde de investimento em fomento ao futebol, saltando de 42% para mais de 70% de toda receita da instituição em 2024.