06/06/2025 | 12:33 | Política 262p1k
Primeira Turma julga recursos apresentados pela defesa da deputada contra a decisão que estipulou pena de 10 anos de prisão à parlamentar
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter a condenação de Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. Em plenário virtual, nesta sexta-feira (6), a Primeira Turma da casa realiza o julgamento de recursos da defesa da deputada.
Até as 11h52min, os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Flávio Dino votaram a favor da manutenção da pena, um placar de 4 a 0. Resta apenas o voto da ministra Cármen Lúcia.
A magistrada pode registrar a sua decisão até as 23h59min desta sexta, quando encerra-se o plenário virtual. Relator do caso, Moraes classificou o recurso como "meramente protelatório", ou seja, para tentar postergar uma possível prisão da deputada.
Ele também defendeu o trânsito em julgado para o caso, que significa o fim da fase de recursos por parte da defesa. Se a proposta de Moraes for aceita, Carla Zambelli terá a prisão preventiva, solicitada na quarta-feira (4) pela Procuradoria-Geral da República (PGR), convertida em execução da pena.
Com a rejeição do recurso, Zambelli ainda perde o mandato como deputada federal e o direito de recorrer à Câmara com um pedido de revogação da decisão. Ela é considerada foragida pela Justiça desde quarta-feira por ter deixado o país.
O nome de Carla Zambelli foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol na quinta-feira (5), após um pedido da Polícia Federal.
A solicitação foi enviada à sede da Interpol em Lyon, na França, por volta das 17h de quarta-feira. A requisição se baseia na decisão de Moraes que determinou a prisão preventiva da parlamentar.