Logomarca Paulo Marques Notícias

11/06/2025 | 05:34 | Polícia 1d1w4u

Nego Di e sócio são condenados a mais de 11 anos de prisão por estelionato contra vítimas de Canoas 4y4o1u

Caso envolve loja virtual cujos produtos comprados não eram entregues para as vítimas. Influenciador poderá recorrer em liberdade, cumprindo medidas cautelares; já seu sócio seguirá preso preventivamente

Caso envolve loja virtual cujos produtos comprados não eram entregues para as vítimas. Influenciador poderá recorrer em liberdade, cumprindo medidas cautelares; já seu sócio seguirá preso preventivamente
Nego Di está em liberdade desde novembro de 2024. Jonattas Lopes / RBS TV

O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, e seu então sócio, Anderson Bonetti, foram condenados  nesta terça-feira (10) a 11 anos e 8 meses de prisão, cada um deles, em regime fechado, além de multa, por estelionato.

A sentença foi proferida pela juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas, na Região Metropolitana. A decisão se refere a uma investigação aberta há cerca de dois anos, na qual o humorista é suspeito de ter vendido produtos que não foram entregues por meio da loja online Tá di Zuera.

A condenação se refere a crimes de estelionato praticados contra 16 vítimas da cidade de Canoas, mas na decisão a juíza afirmou que o inquérito policial apurou um total de 370 casos.

Medidas cautelares l4x2t

Nego Di poderá recorrer em liberdade, cumprindo medidas cautelares, estabelecidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), entre elas a de não ar redes sociais. Já Bonetti seguirá em prisão preventiva.

Ainda como réus, os dois foram presos em julho de 2024. Nego Di obteve um habeas corpus em novembro do ano ado, e permanece em liberdade desde então.

Em nota, a defesa de Nego Di, representada pela advogada Camila Kersch, nega que ele seja sócio de Bonetti, e afirma que a sua imagem foi utilizada para "promover o projeto". Aponta ainda, que observou "sinais de parcialidade no processo" desde a fase de instrução, que foi confirmada na sentença. 

A advogada indica que irá recorrer e que "segue confiante de que as instâncias superiores irão reavaliar os fatos com isenção" (leia a íntegra abaixo).

O que diz a denúncia 565s49

Conforme a denúncia, a dupla anunciava televisões, ar-condicionado e modelos de iPhones a preços abaixo do valor de mercado, sem terem condições de cumprir as ofertas. Os clientes não teriam recebido os itens comprados, nem o estorno dos valores pagos.

A conta empresarial da empresa Tá di Zuera recebeu mais de R$ 5 milhões, conforme a polícia. Todo o dinheiro que a empresa arrecadou com o dinheiro das vendas teriam sido “pulverizados” para diferentes destinos, conforme o Ministério Público.

Leia a nota da defesa na íntegra 3p4i6o

"A defesa de Dilson Alves da Silva Neto, representado por esta advogada, Camila Kersch, vem a público manifestar-se sobre a sentença que o condenou a 11 anos e 8 meses de reclusão, em regime fechado, por suposta prática de estelionato no caso envolvendo a loja virtual “Tadizuerra”.

Desde já, é essencial esclarecer que Dilson nunca foi sócio de Anderson Bonetti, tampouco participou da gestão da plataforma. Sua imagem foi utilizada para promover o projeto, confiando nas informações e responsabilidades atribuídas à outra parte envolvida. Não existia vínculo societário formal, nem atuação conjunta na istração ou gestão da empresa.

Outro ponto que merece esclarecimento é a divergência entre o que vem sendo divulgado pela imprensa e os autos do processo. Embora veículos de comunicação estejam noticiando que haveria mais de 300 vítimas, o processo julgado na Comarca de Canoas envolve apenas 18 vítimas. Esta imprecisão tem gerado percepções distorcidas e ampliado injustamente o julgamento negativo contra Dilson.

Importante ainda destacar que todas as vítimas deste processo que aceitaram, foram ressarcidas por Dilson de forma voluntária, ainda durante o curso da ação penal, o que demonstra seu compromisso em reparar integralmente os danos — mesmo não tendo executado os atos nem se beneficiado diretamente das transações.

Desde a audiência de instrução, a defesa já observava sinais de parcialidade no processo. Essa impressão só foi confirmada na sentença: mesmo com a descrição de condutas distintas entre os réus, foi aplicada uma única pena, sem individualização, em desrespeito a garantias constitucionais fundamentais, dentre elas a individualização da pena e o devido processo legal.

No interrogatório judicial, o próprio corréu reconheceu que Dilson também foi vítima do contexto, o que reforça a tese de que ele não tinha domínio sobre a operação da loja e agiu confiando nas orientações de quem conduzia as atividades comerciais.

A cronologia da prisão preventiva também é motivo de questionamento:

Em 24/08/2023, a autoridade policial concluiu o inquérito e representou pela prisão preventiva de Dilson;

Apenas em 12/07/2024, 11 meses depois, o Ministério Público se manifestou favoravelmente à prisão — coincidentemente após Dilson ter se posicionado publicamente, entre maio e junho de 2024, sobre a omissão estatal durante as enchentes no Rio Grande do Sul e a transparência nas doações via PIX promovidas pelo governo estadual; a decisão judicial decretando a prisão também foi expedida em 12/07/2024.

Ou seja, somente quase um ano após o requerimento da Autoridade Policial, e após intensa exposição de Dilson nas redes sociais em crítica à atuação de órgãos públicos, é que houve o deferimento judicial da prisão preventiva.

A defesa informa que irá interpor os recursos cabíveis contra a condenação e segue confiante de que as instâncias superiores irão reavaliar os fatos com isenção, reconhecendo os vícios processuais, a ausência de dolo e o comportamento colaborativo de Dilson ao longo de todo o processo."

Nego Di e esposa participam de audiência em outro processo 584z2p

O influenciador e a esposa, Gabriela Vicente de Sousa, foram interrogados em outro processo, que apura suposto esquema de fraude em rifas virtuais.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), também foram ouvidas testemunhas de defesa e de acusação. A audiência encerra a fase de instrução do processo — etapa em que são reunidas provas para embasar o julgamento. A data não está marcada.

Nego Di é réu por estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e promoção de loteria. Conforme o TJ, Gabriela responde por lavagem de dinheiro no mesmo esquema.

A advogada dos suspeitos, Camila Kersch, afirma que "os réus puderam, ao serem interrogados, esclarecer os fatos" (leia a íntegra abaixo).

Nos próximos dias, acusação e defesa deverão ser intimadas para apresentação das alegações finais.

O que diz a defesa 1z2s62

"A defesa de Dilson Alves da SIlva Neto e Gabriela Vicente de Souza, representados pela advogada Camila Kersch, esclarece que o processo tramita em segredo de justiça. A instrução processual foi encerrada, e os réus puderam, ao serem interrogados, esclarecer os fatos. Estamos confiantes na Justiça".

Fonte: GZH
Mais notícias sobre POLÍCIA 495i27